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“Ajudem a proteger a memória do meu avô”: neta de Walt Disney detona o novo projeto polêmico anunciado pela empresa do Mickey

Walt Disney vai “voltar à vida” como robô, mas uma das suas descendentes garante que ele jamais teria querido isso. Na família, nem todo mundo pensa igual sobre o assunto.

Walt Disney história inteligência artificial. Imagem: 3D Juegos
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência, gamer desde os 6 e criadora de comunidades desde os tempos do fã-clube da Beyoncé. Hoje, lidero uma rede gigante de mulheres apaixonadas por e-Sports. Amo escrever, pesquisar, criar narrativas que fazem sentido e perguntar “por quê?” até achar uma resposta boa (ou abrir mais perguntas ainda).

Walt Disney, fundador da The Walt Disney Company, será imortalizado por meio de uma figura audio-animatrônica no novo espetáculo Walt Disney – A Magical Life, que a empresa do Mickey planeja estrear no Main Street Opera House, em Disneyland, já em julho.

Mas nem todo mundo curtiu essa homenagem, principalmente uma das suas netas, que tem falado publicamente e várias vezes contra o projeto.

Segundo o conglomerado de mídia, Walt Disney – A Magical Life promete ser uma celebração emocionante do impacto duradouro do lendário animador e empresário americano. O espetáculo foi criado com o objetivo firme de inspirar os visitantes contando a história de como um homem transformou seus sonhos em uma realidade mágica.

Para fazer a galera se sentir como se estivesse entrando no escritório dele, os produtores da atração usaram as tecnologias mais avançadas e estudaram com muito cuidado discursos e outros documentos pessoais de Walt Disney.

Mas nada disso impediu Joanna Miller de se posicionar contra os planos da empresa para essa nova atração. Ela deixou isso bem claro nas redes sociais e também numa entrevista para o jornal LA Times.

Original

Miller reclamou por carta para a Disney sobre esse assunto e também desabafou pela primeira vez no Facebook no fim do ano passado, dizendo que a ideia de fazer um robô do avô dela não fazia nenhum sentido: “Seria um impostor, nunca ia conseguir copiar a naturalidade do jeito que ele falava, como ele interagia com a câmera ou o entusiasmo que tinha ao mostrar e contar as novidades do parque.” “Ele não gostaria disso,” completou.

Depois, Bob Iger, CEO da gigante americana, a convidou pra uma reunião com ele e a equipe que estava criando a atração, e apesar de ter sido “educado”, não aceitou o que ela queria. Isso porque, entre outras coisas, o resto da família não é contra a ideia, pelo contrário, apoia o projeto.

A Tamara Miller, que é da mesma família, falou pra People ontem o seguinte: “Ter essa representação no parque que o avô construiu é o lugar perfeito pra educar a galera sobre quem ele foi e apresentar ele para as novas gerações. Essa atração é uma baita oportunidade pra que o público tenha uma boa ideia de quem ele era. A gente acha que nosso avô ia estar super empolgado com esse projeto. Tô ansiosa pra que meus filhos e netos vejam essa homenagem.”

Joanna Miller claramente não concorda

Em outro post no Facebook, já excluído, mas resgatado pelo WDW News Today, ela pediu ajuda a todos os interessados para parar "essa loucura". "Não deixem que transformem meu avô em robô. Minha mãe tentou impedir isso anos atrás e eles respeitaram os desejos dela. (...) Por favor, ajudem a proteger a memória e o legado do meu avô", concluiu a neta do animador.

O WDW News Today acrescenta que os atuais Imagineers da Disney negaram as afirmações de Miller, dizendo que em toda a pesquisa deles nunca encontraram documentação de que Disney tivesse dito isso. Portanto, o espetáculo segue seu curso e, tenha ou não o apoio de toda a família, os espectadores poderão desfrutá-lo a partir do próximo mês de julho. Seja como for, o debate está lançado.

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